sexta-feira, 20 de junho de 2008

Euro 2008

E pronto, lá fomos nós…
Os homens das salsichas e caneca grandes imperaram sobre os “incríveis” da sandes de courato e da mini sem álcool.
É verdade que não fomos massacrados e que ainda somos os melhores do mundo, pois nem a forma incrivelmente absurda como sofremos os golos nos demove da ideia de que com mais um bocadinho de sorte (ou um pouco menos de azar) teríamos sido Campeões da Europa.
Agora, aos “incríveis”, resta fazer as malas e esperar que a Galp baixe o preço da gasolina, pois não me parece que com este resultado consigam arranjar voluntários para empurrar o autocarro no regresso. De qualquer modo para cá será sempre mais fácil, pois é a descer.
Quanto ao resto da malta, é esperar pelo campeonato do mundo daqui a dois anos e aí já terá o Ronaldo ganho, certamente, o prémio do melhor do mundo, o Ricardo e o Nuno Gomes retirado da Selecção e a miudagem amadurecido mais um pouco, pelo que seremos indubitavelmente campeões, ou não…

sexta-feira, 13 de junho de 2008

A Viatka e o Lampião

Um rally.
Um monte de amigos (julgo que mais de 15) resolveu acampar para ver um rally.
Um belo fim-de-semana, a malta toda equipada, com tenda e tudo.
Chegados ao local honrado com a nossa presença, alguém perguntou: "quem já montou uma tenda?"
E responde uma alma: "Eu, mas não pensem que vou trabalhar para uma data de coiros!"
E então, muito democraticamente, decidiu que iam todos ocupar uma casa em ruínas que por ali ficava.
Tirando o facto de provavelmente estar fechada há muitos anos e só ter duas divisões utilizáveis (i. é, com chão), não estava nada mal: tinha telhado.
Durante muitos anos não tive problemas de costas. Rico soalho aquele!
E bastaram duas noites!
A única reclamação que tenho prende-se com a qualidade da pomada. Havia por ali uma coisa a que chamavam "Viatka".
De semelhança com a vodka, só mesmo o nome e estou convencido até hoje que aquela marca surgiu de onomatopeia relacionada com a reacção de quem bebe um trago da dita.
Foi mesmo responsável pelo arrancamento de um lampião da via pública por parte de um amigo da pomada (hoje reformado).
Há quem prefira levantar um braço dobrado, como se fosse uma asa dobrada, enquanto faz uns ruídos estranhos, que se assemelham a grasnados. Mas a ele deu-lhe para aquilo. Razão pela qual ainda hoje em dia é conhecido por Lampião. Assim nascem as lendas.
Se o inventor da marca ali estivesse, tinha logo mudado o nome da mesma para algo como "lampioska" ou "arranca-troncos".
Além de levar com o lampião nos cornos, claro.
Curiosa cena, um largo de uma aldeia sendo atravessado por quatro amigos com um lampião debaixo do braço.
A perigosa beberagem chega a causar alucinações: imaginaram os quatro amigos (bem, três, porque o quarto só estava agarrado ao lampião para não cair...) que eram garbosos e valentes cavaleiros medievais e assim resolveram comportar-se:
Arrombaram a porta do castelo com o seu aríete!
Os habitantes do castelo, apanhados de surpresa, ainda ensaiaram uma reacção e dispararam uns chumbos, mas não teriam tido a mínima chance, não fosse a ardilosa armadilha por eles montada: havia uma porta na outra extremidade e, com a força do impulso, a invasão foi breve...


E pergunta o preclaro leitor: então e o rally?
Mas qual rally?

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Recordam-se do “** da ***”? Viaturas oficiais dos Amigos da Pomada


O Renault 5 existiu lá em casa desde sempre, veículo de um familiar trouxe uma nova forma de encarar o automóvel (a posição do condutor) tornando-o ao mesmo tempo popular, apetecível e acessível.
Foi utilizado como sendo simultaneamente um carro nocturno …… citadino, ágil e fácil de conduzir, mas também um estradista confortável e económico em inúmeras viagens.
Com ele os Amigos atingiram uma nova autonomia: os fins de semana fora. Jovens, solteiros e com tempo livre nas férias escolares, o Renault 5 transportou a um leque alargado das mais diversas “estações e apeadeiros”, um desempenho muito próximo dos “inter cidades”, dispunha ainda de um portão traseiro facilitando o acesso a uma bagageira cuja capacidade poderia variar entre as caixas de vinho ou as grades de cerveja.
“Em suma, as características gerais do Renault 5 foram perfeitamente resumidas no seu caderno de encargos como: um veículo capaz de transportar não importa o quê, não importa quem, não importa onde, o mais rápida e seguramente possível", (wikipedia) condizendo com o estado dos convivas em tantas ocasiões: não sei onde estou, não sei onde está o carro, não sei como vim cá parar, não sei como vou daqui sair, nem me importa.
Pela longevidade e fiabilidade conquistou um lugar na história dos Amigos da Pomada.